CONHEÇA O BRAINSPOTTING

Uma psicoterapia inovadora

que trata o sofrimento humano de uma forma profunda e transformadora.

Através do Brainspottting é possível

identificar, processar e liberar as origens neurofisiológicas da dor emocional e corporal a partir de posições oculares relevantes para o cliente.

O Brainspotting foi descoberto em 2003

e atualmente mais de 13.000 terapeutas já foram treinados no mundo todo.

“A retina, composta por 100 milhões de neurônios, é uma extensão do cérebro que se forma embrionariamente a partir do tecido neural. Não é surpresa que os reflexos expressos nos olhos e o sistema de orientação visual revelem e proporcionem acesso instantâneo aos processos subcorticais.”, David Grand.

Esta frase um pouco complicada de entender resume em poucas, mas profundas palavras, o que é o Brainspotting, esta abordagem psicoterápica focada no reprocessamento de memórias e basicamente trabalha com a nossa própria capacidade de cura.

A seguir, explicamos o que é o Brainspotting, como a terapia de Brainspotting funciona, como é uma sessão de Brainspotting, como procurar por um terapeuta de Brainspotting, como se tornar um terapeuta de Brainspotting e também o que o Brainspotting trata e seus usos.

O QUE É O BRAINSPOTTING?

O Brainspotting é uma terapia que busca a dissolução de traumas, eliminação de vícios e doenças ou mesmo a melhora na performance profissional ou artística por meio da ativação de pontos no cérebro e consequente reprocessamento de rede de memórias.

Você sabe o que é reprocessamento de memórias?

Um dos significados da palavra “processar” é verificar, conferir. Se estamos falando em reprocessamento, significa que vamos verificar ou conferir novamente. Vamos revisitar determinada situação.

Quando trazemos a palavra reprocessamento para o campo das ciências psíquicas, podemos entender que reprocessar um acontecimento é revisitar essa situação e modificar a forma como a encaramos.

Por exemplo: uma pessoa tem medo de cachorro porque quando era criança, um cão “enorme” e muito raivoso a perseguiu pela rua. Nesta ocasião, esta criança se sentiu ameaçada e ficou com muito medo, pois era um cachorrão com uma cara muito brava.

Ao levar essa situação para um terapeuta e revisitar o acontecimento, esta pessoa, hoje adulta, entende que o cachorro, na presente data, não seria tão grande e que, na época, não tinha recursos para agir de outra forma, a não se correr com medo, mas que hoje seria diferente, pois já é uma adulta.

Assim, entendendo a situação, ela acabou por reprocessar uma memória, à medida que modificou seus pensamentos a respeito do acontecimento do passado que eram encarados pelos olhos da criança.

O que acabamos de exemplificar é algo hipotético e bem simplificado, com o intuito de clarificar o significado de reprocessamento de memórias.

Reprocessar memórias significa redesenhar processos neurais (modificar sinapses) e não “apagar” acontecimentos da memória.

Quando entendemos o que é reprocessamento de memórias, compreendemos que revisitar momentos de nossa vida que nos causam mal e transformar seus significados, faz com que vivamos mais plenos e saudáveis.

Imagina transformar algo ruim que você percebe e vive em algo sem tanta importância ou com maior entendimento e, assim, se libertar de sofrimentos ou procrastinações.

Cientificamente, o que acontece é um rearranjo das sinapses no cérebro.

Mas, o que são sinapses neurais?

De uma forma bem simplificada, as sinapses são as ligações entre um neurônio e outro, verdadeiros transmissores de informações. Podemos entender como um caminho que a informação percorre em nosso cérebro e que nos faz compreender as coisas.

Vamos transformar essa explicação em imagens: voltemos ao exemplo da criança perseguida pelo cachorro “enorme e muito raivoso”. Naquela época, a criança via um animal grande (em comparação ao seu tamanho), veloz (em comparação à sua velocidade) e com uma cara ameaçadora e hostil (porque estava “caçando” sua presa).

A criança sentiu medo, seu coração acelerou, o sangue foi imediatamente para as pernas e ela se pôs a correr e gritar. Suou, chorou desesperadamente, cansou-se e achou que aquele era seu fim.

Assim, essa criança “aprendeu” que essa experiência terrível pode se repetir. Como uma proteção, o melhor é não chegar muito perto de cachorros, sejam eles de que tamanho forem.

A rede sináptica dessa experiência, ou seja, o caminho que o cérebro desenvolveu para essa experiência, carrega todas as sensações e pensamentos daquele momento.

É como se o cérebro entendesse que cachorro é igual a ferocidade que é igual a perigo que é igual à iminência de morte que é igual a desespero que é igual a fugir. Este é o caminho que os neurônios dessa criança, através das sinapses, construíram para essa ocasião.

Resumindo, as sinapses neurais são responsáveis por como entendemos o mundo à nossa volta e estão ligadas a nossas primeiras experiências na vida, sejam ainda na barriga da mãe ou aos 90 anos de idade.

Mas esse caminho pode ser modificado por causa da neuroplasticidade.

O que é neuroplasticidade?

Há alguns anos, os estudiosos acreditavam que o cérebro era um órgão rígido e que não se alterava ao longo da vida do indivíduo. Assim, se um neurônio morria, a pessoa tinha menos um neurônio por toda a vida.

Os estudos mais atuais mostram que os neurônios, como outras células do nosso corpo, são renováveis e que todo o cérebro é passível de transformações. Uma verdadeira remodelagem.

Com esse novo conhecimento, entender que as sinapses poderiam ser modificadas foi um pulo. Essa capacidade de modificar o caminho de uma informação no cérebro é chamada de neuroplasticidade.

Aplicando tudo isso ao exemplo da criança que corre do cachorro, podemos sugerir que essa criança poderia construir novas sinapses a respeito desse acontecimento, ou seja, mudar o caminho das informações que aprendeu.

Com isso, ela poderia, por exemplo, entender que aquele cachorro especificamente havia fugido e também estava com medo, mas que outros cachorros são dóceis porque são acostumados a seres humanos estranhos e não estão com medo.

Ela poderia, também, entender que aquele cachorro era um cão de guarda e foi treinado para atacar qualquer pessoa que não fosse seu dono. Naquele dia, o dono daquele cachorro o esqueceu para o lado de fora do portão quando foi estacionar o carro.

Mais uma vez, este é um exemplo hipotético e bem simplificado apenas com fins de melhor entendimento do assunto.

A neuroplasticidade e o reprocessamento de memórias

Agora temos material suficiente para entender a fundo o reprocessamento de memórias. Utilizando-se da capacidade plástica do cérebro de modificar o entendimento de experiências, reprocessamos as memórias para que elas não nos afetem mais como antes.

A criança que correu do cachorro, em nosso exemplo, hoje um adulto, pode reprocessar essa memória a fim de não ter mais pavor de outros cachorros que encontra em seu caminho.

E aí entra uma figura fundamental nesse processo: o terapeuta. Esse é o profissional especializado em auxiliar um indivíduo a reprocessar suas memórias, ou seja, dar outro significado a experiências traumáticas.

Afinal de contas, como reprocessar memórias?

Existem muitas abordagens terapêuticas com este intuito. O Brainspotting se utiliza dos olhos da pessoa como porta de entrada para acessar o cérebro e facilitar novas conexões neurais.

Mas, calma, não é um procedimento invasivo e
o terapeuta sequer encosta no cliente.

O terapeuta com formação em Brainspotting “escaneia” o campo visual do cliente a fim de encontrar o ponto no cérebro que carregam sensações e lembranças do passado que podem ser nocivas e trazer o sintoma vivido no presente.

Ao acessar esse ponto, o cliente é estimulado pelo brainspotter – terapeuta que aplica o Brainspotting – a experienciar o que o cérebro quiser. Essas experiências podem vir na forma de fala, imagens ou sensações.

Tudo isso pelo simples fato de o ponto cerebral ter sido ativado.

Ao deixar o cérebro livre para fazer suas conexões, acontece o reprocessamento das memórias. Essa é uma capacidade natural do cérebro de se recuperar, de se curar, assim como qualquer outra parte do nosso corpo. Imagine um corte no dedo que em alguns dias está cicatrizado. Nosso cérebro tem essa mesma habilidade.

O reprocessamento de memórias não acontece de uma hora para outra. Por mais que muitas vezes durante a sessão o cliente já consiga resultados positivos, o reprocessamento continua mesmo depois que a sessão de terapia termina.

Inclusive, a atividade cerebral é tão intensa, que é comum relatos de clientes que se sentem exaustos após a sessão com o terapeuta ou mesmo sentem sono.

É importante frisar que não é possível apagar memórias. O que o Brainspotting propõe, com o reprocessamento de memórias, é a criação de novas sinapses aproveitando-se da neuroplasticidade cerebral.

Por que utilizar os olhos como porta de entrada para o acesso a pontos no cérebro?

Você já notou que quando vamos lembrar de algum fato instintivamente movemos nossos olhos?

Faça um exercício: responda quando foi a última vez que você foi à praia ou quando foi a última vez que encontrou um colega do ensino médio.

Possivelmente você moveu seus olhos para algum ponto. Você pode também fazer uma dessas perguntas a outra pessoa e ver qual é a reação dela.

O movimento ocular faz com que busquemos experiências do passado em nosso cérebro.

Foi o que descobriu David Grand, terapeuta americano, quando atendia uma atleta patinadora de gelo. Ele percebeu que ela sempre errava um movimento importante para uma competição e toda vez que isso acontecia, a ginasta olhava para um ponto específico.

Curioso, ele pediu que ela fixasse o olhar neste ponto e então vários conteúdos de traumas que já haviam sido trabalhados por eles vieram à tona de uma maneira muito mais intensa. Após essa “experiência” a atleta não mais errou o movimento que tanto a incomodava.

Depois disso, Grand aperfeiçoou a abordagem fazendo novos experimentos e desenvolveu o que hoje conhecemos como Brainspotting. É dele também a frase lema dessa terapia: “Aonde olhamos afeta o que sentimos.”.

Agora sim faz sentido a tradução do nome como “pontos no cérebro”.

O que pode ser tratado com o Brainspotting?

Podemos entender que todas as experiências e sensações ruins de nossa vida vêm de um trauma.

Ao contrário do que muitos pensam, um trauma não precisa ser um evento de proporções gigantescas como passar por uma enchente ou por um assalto.

Quando criança, uma bala pode ter sido negada a você o que, por meio das sinapses neurais, o fez acreditar que não era merecedor de coisas boas em sua vida, trazendo consequências no decorrer de sua trajetória profissional, por exemplo.

O doce não recebido no passado é um evento traumático de pequena proporção, mas que trouxe prejuízos de autoestima e consequentemente situações indesejadas.

A questão é que na maioria das vezes não nos damos conta de que um fato tão pequeno pôde causar tantos problemas porque essa memória ficou escondida em um canto inconsciente do cérebro.

O Brainspotting, dentro da sintonia profunda entre terapeuta e cliente, permite localizar, processar e liberar neurobiologicamente, experiências e sintomas que estão fora do alcance da mente consciente e de suas capacidades cognitivas e verbais.

Por exemplo, em casos de ansiedade, depressão, dependências, compulsões ou doenças crônicas, é possível aliviar o peso e curar as feridas da história da pessoa, que geraram esses sintomas. 

Além disso, (e por isso mesmo) é também uma ferramenta excepcional para expansão e melhora da performance em vários campos de atividade como nos esportes, nas artes e atividades criativas de modo geral.

Como é uma sessão de Brainspotting?

A sessão de Brainspotting é um pouco diferente de uma sessão de terapia de fala. O terapeuta, em primeiro lugar, escuta o cliente e a partir do que foi identificado busca os pontos de ativação com o auxílio de uma ponteira e ao encontrá-los desenvolve o trabalho de dissolução dos problemas.

Os pontos de ativação podem ser entendidos como posições oculares do indivíduo que trazem alguma sensação corporal (tremor, incômodo, falta de ar, formigamento etc.).

Dizemos no Brainspotting que o terapeuta é a cauda do cometa. Isso significa que todo o processo acontece pelo próprio cliente. É ele quem vai sinalizar ao terapeuta o que sente ou entende durante o processo. O terapeuta está lá apenas para acompanhá-lo e garantir que tudo vai correr bem e ser um ponto de apoio.

Ainda assim, é fundamental ter um profissional treinado para aplicar o Brainspotting para a própria segurança do cliente.

Como encontrar um terapeuta de Brainspotting?

Nós, da Brainspotting Brasil, somos uma associação com objetivo de reunir profissionais e incentivar a educação continuada de nossos associados.

Por isso, mantemos em nosso site uma relação de brainspotters de todo o Brasil. Temos profissionais em cada estado brasileiro.

Quem pode ser brainspotter?

No Brasil, para ser brainspotter – profissional habilitado a aplicar a terapia Brainspotting – é preciso ter graduação em Psicologia ou Medicina com residência em Psiquiatria ou formação em psicoterapia. 

Além disso, o profissional precisa passar pela formação em Brainspotting que é dividida em fases. Naturalmente, a primeira formação tem o nome de “Fase 1 em Brainspotting” e é ministrada por treinadores em todo o País.

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